quinta-feira, 6 de abril de 2017

Boletim Informativo 9 de abril de 2017


REFORMA E REAVIVAMENTO
Francis Schaeffer



            A igreja em nossa geração precisa de reforma, reavivamento e revolução construtiva.
            Às vezes os homens pensam nas duas palavras – reforma e reavivamento – como se estivessem em contraste uma com a outra, mas isto é um erro. Ambas as palavras são relacionadas à palavra restaurar.
            Reforma refere-se a uma restauração à doutrina pura; reavivamento refere-se a uma restauração na vida do cristão. Reforma fala de um retorno aos ensinos da Bíblia; reavivamento fala de uma vida levada à sua relação apropriada com o Espírito Santo.
            Os grandes momentos da História da igreja vieram quando estas duas restaurações entraram simultaneamente em ação, de forma que a igreja voltou à doutrina pura e a vida dos cristãos na igreja conheceu o poder do Espírito Santo. Não pode haver reavivamento verdadeiro a menos que tenha havido reforma; e a reforma não é completa sem reavivamento.
            Tal combinação de reforma e reavivamento seria revolucionária em nossos dias – revolucionária em nossa vida individual como cristãos, revolucionária não somente na igreja liberal, mas também construtivamente revolucionária na igreja evangélica ortodoxa.
            Que possamos ser aqueles que conhecem a realidade da reforma e do reavivamento, de forma que este mundo pobre e sombrio possa ter uma monstra de uma porção da igreja devolvida tanto à doutrina pura quanto à vida cheia do Espírito.


AVISOS

CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
O conselho da igreja convoca a Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana de Patrocínio para se reunir, extraordinariamente, para eleição ou reeleição de dois presbíteros e dois diáconos. Vencem os mandatos dos nossos irmãos Pb. Clésio Guimarães e Pb. Carlos Brasileiro e dos Dc. Jonathas Chagas e Dc. José Humberto. A reunião será no dia 28 de maio, às 19:30 horas, no templo da Igreja Central. Todas as congregações deverão se reunir na igreja Central.

Reunião de Oração – Projeto Ana
Na próxima terça-feira teremos nossa reunião de oração do Projeto Ana – mães intercedendo pelos filhos. A reunião será às 19:30 horas no templo de nossa igreja. Toda a família é convidada para este tempo de oração.


Culto da Ressurreição – Central e Congregações
Próximo domingo teremos nosso culto especial da ressurreição, às 07:00 da manhã, com celebração da Ceia do Senhor. Em seguida teremos nosso café comunitário e a nossa escola dominical em conjunto. Participe com alegria!

Culto das Sete Palavras – Alteração!
Esse ano o culto das Sete Palavras da Cruz será realizado em conjunto com a Igreja do Bairro Constantino no dia 14 de abril, próxima sexta-feira, às 19:30 horas. Toda igreja é convidada a participar!

Programação das Congregações no Próximo Domingo
No domingo que vem apenas as programações da manhã serão em conjunto. À noite as programações acontecerão normalmente.

Aniversariantes

11/04
Welyton Guimarães de Queiroz
Central
13/04
Maria Vitória Pereira Araújo
Manancial
13/04
Maria Eduarda Pereira Araújo
Manancial
14/04
Weliton Aparecido Nunes Silva
Manancial
14/04
Wesley Chagas Dornelas
Filadélfia
15/04
Matheus Henrique S. Moreira
Central
15/04
Igor dos Reis Chagas
Filadélfia
15/04
Vanessa Rodrigues de Oliveira
Central




Fórum

Perdemos a guerra cultural?



Uma das questões menos compreendidas nas últimas décadas é o impacto do cristianismo na civilização ocidental. Pessoas simplesmente assumem valores que conservam a sociedade coesa, como se sempre tivesse sido assim e como se isso fosse continuar para sempre. Crentes se alienam em exercícios semanais de devoção e excitação espiritual com poucos reflexos morais e nas atividades do dia a dia. Vivem em staccato, de domingo a domingo, ansiando pelos ajuntamentos, sem serem verdadeiramente sal da terra e luz do mundo. Esquecem-se das lições da história, de que a Reforma do Século 16 tirou a civilização ocidental das trevas características da idade média, com a sua mensagem e influência.

Descrentes querem viver a vida moral dissoluta, mas dentro de uma estrutura da sociedade que garanta sua segurança, seus bens, seu progresso profissional, sua voz de reclamar, de reivindicar, de usufruir do avanço da ciência e dos bens de consumo, de desfrutar as benesses do “capitalismo”, sem se aperceberem que tais “direitos” vieram exatamente porque a sociedade ocidental, ou a cultura judaico-cristã influenciou a construção dessa sociedade em que vivemos e na qual estamos acostumados a coexistir. Estão cegos quanto ao obscurantismo que impera nas regiões onde a influência do cristianismo cessou de existir, ou onde ainda não chegou. Não enxergam os exemplos presentes e que a norma, para uma humanidade caída em violência e pecado, é a desvalorização da vida que se observa onde impera o islamismo, ou o hedonismo cruel das ditaduras despóticas que adoram algum “líder supremo”, que assim se autoelege.

Na medida em que valores cristãos vão sendo ridicularizados e descartados essa sociedade vai se fragmentando cada vez mais. Não é surpresa para ninguém que a falta de ênfase primária à questão de segurança tem levado à criminalidade desenfreada (pelos valores cristãos, este seria o propósito principal do governo, segundo Romanos 13.1-7). A ignorância do valor da honestidade (pelos valores cristãos, a cobiça é condenada) permeia não somente os políticos e empresários corruptos, mas o dia a dia das pessoas, que também querem levar vantagens indevidas. O descaso pela instituição do matrimônio (pelos valores cristãos, é a união entre um homem e uma mulher), tem desfigurado a célula mãe da sociedade e desnudado um futuro grotesco onde o comportamento pecaminoso é glorificado e elevado como expressão máxima da liberdade individual, que se coloca acima de qualquer padrão ou princípio. O desrespeito à propriedade (pelos valores cristãos, o mandamento “não furtarás”, continua válido, como os demais que regulam as relações entre os semelhantes), tem levado a protestos ou reivindicações com quebra-quebras, invasões, apropriações e espoliações do que é alheio.

Nesse cenário, algumas vozes, conscientes dos benefícios de uma sociedade firmada em cima de princípios cristãos, têm proclamado que estamos em outra era. Devemos mesmo é esquecer essa sociedade que conhecemos e admitir que perdemos a guerra cultural. O mal venceu. A situação não vai melhorar e estamos irremediavelmente fadados ao ostracismo, à rejeição, ao ridículo e até à extinção como tribo defensora de valores e princípios ultrapassados. Nem todos, mas muitos evangélicos, desde os rincões mais arminianos até os bolsões conhecidos como reformados, têm abraçado esse entendimento.

O que fazer, então? A escritora Leah Farish[1] aponta algumas respostas que têm surgido de autores fora do campo evangélico. O russo-ortodoxo Rod Dreher escreveu um livro intitulado The Benedict Option (A Opção Benedito), que vem causando furor e muita discussão, até em meios reformados. Nesse livro, analisando a sociedade norte-americana, ele aponta a perda inexorável dos limites de civilidade e a crescente hostilidade aos princípios cristãos, de tal maneira que não há mais clima de diálogo, promoção ou aprendizado dos valores cristãos. A solução, para aqueles que ainda presam esses valores, seria se fecharem em comunidades nas quais esses princípios pudessem ainda ser observados. Um outro autor, desta feita católico romano, Alasdair McIntyre, também tem ideias semelhantes e advoga essa clausura de autopreservação para que essa nova idade negra, na qual reinarão bárbaros filosóficos, possa ser atravessada.[2]

As referências da Opção Benedito, são, em parte, a pontuações feitas pelo atual Papa[3] (Benedito, ou Bento XVI). No entanto a lembrança é levada, mais especificamente, ao Benedito (ou Bento) do 6º Século d.C. (480-547 – não confundir com o Benedito do século 16, 1526-1589), quando os cristãos fugiram dos bárbaros e se agruparam no deserto, carregando consigo o germe redentor da civilização que estava em perigo. A referência é que a barbárie demanda o retorno a um isolamento em mosteiros.

Mas será que essa análise está correta? Sem descartar a precisa visão dos problemas filosóficos, éticos e comportamentais que nos assolam, as soluções apresentadas não parecem se harmonizar com a visão de uma compreensão bíblica adequada, resgatada pela teologia da Reforma do Século 16. A Bíblia não ensina o monasticismo como solução à pecaminosidade do mundo (Assim orou Jesus: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal”, João 17.9), mas o envolvimento firmado na verdade para que sejamos “sal da Terra” (Mateus 5.13), preservando a sociedade na qual vivemos; e “luz do mundo” (Mateus 5.14); luz no meio das trevas, apontando os caminhos e revelando a iniquidade pelo contraste com a verdade proclamada.

Com isso parece concordar Leah Farish, que diz, no artigo já citado, “a Opção Benedito contrasta com as raízes da fé reformada”! As 95 teses de Lutero foram um manifesto explosivo contra a cultura reinante; Calvino lutou para reformar o pedaço de civilização sobre o qual tinha autoridade e sua influência sobre a cultura do mundo ocidental é imensurável. Pode haver alguma validade na sugestão dos crentes verdadeiros se agruparem, em reflexão, para estudarem a Palavra e delinearem estratégias sobre a batalha na qual já estamos envolvidos, mas nunca recorrer à formação de um gueto cristão. Leah Farish relembra que os Judeus, na Polônia, inicialmente ficaram satisfeitos em serem colocados em comunidades reclusas, os guetos. Afinal, iam poder viver em paz, sem perseguição e praticar sua religião. Mas, o extermínio foi o passo subsequente.

Como Paulo, reivindiquemos nossa “cidadania romana”, e proclamemos o que temos de proclamar!


ESTUDO DIRIGIDO PARA CULTO DOMÉSTICO


Texto: Efésios 2.11-22
Tema: Unidos pela Cruz de Cristo

            Uma das verdades mais doces da vida da igreja é a comunhão que nos foi dada na pessoa querida de Jesus. Nele fomos unidos em um só corpo e transformados em irmãos. Contudo, é importante que vivamos toda a dimensão da unidade dessa família olhando para Jesus, que nos fez viver em paz.
            Como é o seu relacionamento com seus irmãos? Há paz?
            No estudo desta semana queremos olhar para o texto de Efésios 2 e principalmente para o modo como temos vivido a comunhão para a qual fomos chamados.

1) Como era a vida dos gentios sem Cristo?

2) Como Jesus mudou esse quadro?

3) Deus fez inimigos se tornarem amigos e irmãos, como isso interfere no seu relacionamento com pessoas “difíceis” de se lidar, mas que são membros da igreja como você é?

4) Leia o verso 16 e responda: Diante desta obra grandiosa como devemos ajudar aqueles que não conseguem se relacionar bem na igreja?

5) No verso 19 ele diz que somos concidadãos dos santos e da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, onde Cristo é a pedra angular. Depois Paulo diz que somos edificados para a habitação de Deus no Espírito. Então, um “crente” que vive em guerra contra seu irmão pode estar enganado acerca da sua verdadeira identidade? Ou seja, poder ser que ele não seja crente então?

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