sexta-feira, 10 de março de 2017

Boletim Informativo, 12 de março de 2017

Visitando o Coração: necessidades ou desejos?

Rev. Cácio Silva

            Há poucos dias encontrei um grupo Yuhupdeh num acampamento de pesca, nas margens de um rio no interior da floresta. Lembrei-me que meu primeiro contato com eles, dez anos atrás, foi naquelas proximidades também num acampamento e me chamou atenção a simplicidade da vida. Eles tinham uma lona para se protegerem da chuva e uma rede para não dormirem no chão úmido. O peixe que pescavam era moqueado num jirau e comido como uma iguaria. E o interessante é que conversávamos com risos e gargalhadas. A despeito do quase nada, estavam todos supridos e alegres com a fartura de peixe.
            A Palavra afirma que nossas mazelas de alma têm origem nos desejos do coração e estes se processam até gerarem morte (Tg 1.14,15; 4.1). Paul Tripp sugere que esse processo se desenvolve numa escala quase previsível. Transformamos desejos (eu quero) em “necessidades” (eu preciso), estas em expectativas (você deveria), estas em exigências (você tem que), as exigências não raramente resultam em desapontamentos (você não fez) e às vezes em autocomiseração (pobre de mim).
            E os desejos mais perigosos são aqueles legítimos, porém, excessivos. É justo desejar felicidade, é legítimo querer qualidade de vida, é razoável buscar conforto, é digno desejar ser bem-sucedido no trabalho, no ministério, é perfeitamente aceitável sonhar em ter filhos e uma linda família. O problema é quando desejamos tanto esses “bens” que nos cegamos para a vontade de Deus, que frequentemente nos chama para a renúncia, abnegação e sacrifício. O problema é quando desejamos as bênçãos de Deus mais do que o próprio Deus. Enganoso é o coração do homem.
            A verdade é que, nas palavras do Mestre, “pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte [Ele próprio], e esta não lhe será tirada” (Lc 10.42). E mesmo quanto às necessidades mais básicas e reais, como a comida (subsistência) e a roupa (proteção, conforto) Ele nos desafia a buscar em primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça, pois essas necessidades nos serão acrescentadas (Mt 6.32,33). Nós não necessitamos de quase nada e com esse pouco que realmente necessitamos não precisamos nos preocupar, pois Aquele que cuida dos pássaros e dos lírios é o bom pastor que nada nos deixará faltar (Sl 23.1).
            Será que os verdadeiros motivos das nossas angústias, ansiedades, descontentamentos e adoecimentos são mesmo necessidades? Ou são desejos? Alegre-se no Senhor, na Sua vontade, naquilo que Ele colocou em suas mãos, e você se sentirá satisfeito, saciado, realizado (SL 37.4), pois verá que a vontade de Deus é melhor que nossos desejos, Seus sonhos são maiores e melhores que os nossos, Seus caminhos são perfeitos (Is 55.8,9) e Sua vontade é boa e agradável (Rm 12.2).clique aqui


Avisos

Reunião de Oração – Projeto Ana
Na próxima terça-feira teremos nossa reunião de oração do projeto ANA. Todos os irmãos são convidados a participarem desse momento de intercessão pela família, especialmente pelos filhos. Nossa reunião começa às 19:30 horas.
  

Estudo Bíblico
Você já teve a oportunidade de participar de nossos estudos bíblicos semanais? Toda quinta-feira nos reunimos para o estudo da Palavra de Deus. Venha crescer conosco!

Reunião da Junta Diaconal com o Conselho da Igreja
No próximo domingo haverá uma reunião conjunta do Conselho com a Junta Diaconal, após a Escola Dominical na Igreja Central. Todos os presbíteros e diáconos estão convocados.

UCP Central

Aniversariantes
12/03
Luci Vieira Amaral dos Santos
Filadélfia
8864-9522
12/03
Otoniel Antonio da Silva
Filadélfia
3832-4375
12/03
Rosaria do Rosário
Filadélfia

13/03
Lucilene Maria Lourenço


15/03
Davi Borges Mescua
Central
3517-0406
15/03
Adriana Ávila dos Reis Borges
Central

15/03
Artur Silva Araujo
Filadélfia
9940-2449
15/03
Wesley Vieira Fonseca
Central

16/03
Natanael Rodrigues
Central
9109-2225
16/03
Ileni Souza


16/03
Anna Karolina Jacinto Avila Borges
Central

17/03
Decarla Gonçalves de Menezes
Alto da Estação

18/03
Fabrício Rodrigues Lima
Central
9902-7858
18/03
Betania Martins  Chagas de Paula
Filadélfia

18/03
Cristina Abadia cortes Rodrigues
Filadélfia
8829-2012


AULAS DE MÚSICA
O Projeto Renascença está oferecendo algumas vagas de cursos para os membros de nossa Igreja. As inscrições estão abertas na Secretaria da Igreja Central.
As aulas vão iniciar dia 20/03.

Horários Aulas:
Segunda-Feira
17:00 as 17:50 Guitarra
18:00 as 18:50 Coro Infantil
Terça-Feira
18:00 as 18:50 Canto
19:00 as 19:50 Coro Adulto
Quarta-Feira
18:00 as 18:50 Violão Iniciante
19:00 as 19:50 Violão Intermediário
Sábado
09:00 as 09:50 Violão Infantil
10:00 as 10:50 Percussão
11:00 as 11:50 Guitarra

Oficina de Artes
Iniciamos nossas atividades terça próxima passada. Você é nossa convidada a participar desse momento tão precioso. Toda terça às 13:30h.



FÓRUM


ECCLESIA REFORMATA ET SEMPER REFORMANDA EST

 Extraído do Boletim da 1ªIPB Recife

1º Pedro 1.22-2.10

                    Em outubro deste ano, será comemorado o 500º aniversário da Reforma Protestante do Século XVI. Com tantas mudanças que o mundo experimentou nestes últimos cinco séculos, seria o caso de nos perguntarmos: Terá ainda razão de ser o movimento de Reforma Protestante?
            A afirmação acima do reformador holandês Gisbertus Voetius ainda faz sentido hoje?
            A realidade nos mostra que, passados tantos anos, as verdades fundamentais e solenes redescobertas pelos reformadores continuam sendo desprezadas, tanto fora quanto dentro do movimento evangélico. Podemos exemplificar isso com um dos grandes princípios acentuados pela Reforma: “Solo Christo” ou a plena centralidade e exclusividade de Cristo como único e suficiente Salvador, o único mediador entre Deus e a humanidade.
            A Igreja contra a qual se insurgiram os reformadores continua hoje, quase meio milênio mais tarde, a negar a Cristo um lugar exclusivo na fé, no culto e na devoção dos seus fiéis. Por causa da ênfase antibíblica no culto a Maria e aos santos, Jesus Cristo ocupa um lugar secundário na vida e devoção de milhões de brasileiros que se dizem cristãos.
            Mas as antigas verdades essenciais recuperadas pelos reformadores também têm sido ignoradas dentro das igrejas ditas evangélicas. Se os reformadores voltassem à terra hoje, ficariam chocados com certas doutrinas e práticas correntes entre os evangélicos e com a falta de zelo pelas importantes convicções redescobertas no século XVI.
            Essas razões já são suficientes para justificar a atual relevância e necessidade da obra restauradora realizada pelos pioneiros da Reforma. Um aspecto interessante desses pioneiros é o fato de que eles, embora compartilhassem os mesmos princípios, tiveram diferentes experiências, que os levaram também a diferentes ênfases nos ideais que defenderam.
            Gostaríamos de ilustrar três desses princípios tomando como ponto de partida os capítulos iniciais da primeira carta de Pedro. Nessa carta, o apóstolo lembra aos cristãos da Ásia Menor os fatos centrais da sua fé (1.3-12) e suas implicações para a vida (1.13-17). Em seguida, ele fala sobre as consequências disso para a sua identidade como grupo, como povo de Deus (1.22—2.10). Vemos nessa passagem três grandes ênfases da Reforma.

         1. Solo Christo (Só Cristo), Sola Gratia (Só a Graça) e Sola Fide (Só a Fé)

            O fundamento da vida cristã é o fato de que somos salvos pela graça de Deus, recebida por meio da fé. Deus nos amou, por isso nos deu seu Filho; crendo nesse amor e nesse Filho, somos salvos. Essa é uma das ênfases mais importantes do capítulo inicial de 1º Pedro, especialmente nos versos 18-21, mas também em vários outros versículos. Esse ponto reúne três grandes princípios esposados pelos reformadores: “solo Christo”, “sola Gratia” e “sola Fide”. Embora não encontremos aqui uma referência explícita à justificação pela fé como nas cartas aos Romanos e aos Gálatas, ela é pressuposta em todo o contexto.
            O reformador que teve uma experiência pessoal e profunda dessas verdades foi Martinho Lutero. Inicialmente, seu pai desejou que ele seguisse a carreira jurídica. Um dia, ao escapar por pouco da morte diante de uma tormenta, fez um voto de entrar para a vida religiosa. Ingressou em um mosteiro agostiniano e pôs-se a lutar pela sua salvação, sem alcançar a paz interior que tanto almejava. Até que, ao estudar a Epístola aos Romanos, deparou-se como a promessa de que “o justo viverá pela fé” (Rm 1.17). Teve uma nova visão de Deus e da salvação. Esta já não era o alvo da vida, mas o seu fundamento. Essa nova convicção o levou a questionar a teologia medieval e a iniciar um movimento de reflexão teológica que redundou na Reforma Protestante.
            Isso nos mostra a importância de uma vida de fé, na plena dependência da graça de Deus, mas também de uma vida de compromisso, que se manifesta na forma de frutos que honram a Deus.

                             

         2. Sola Scriptura (Só a Palavra de Deus)

            A seção seguinte de 1º Pedro contém outra ênfase importante dos reformadores: a suficiência e centralidade da Palavra de Deus (1.23-25). A Palavra de Deus é a mensagem que nos fala da graça de Deus e da redenção realizada por Cristo, e nos convida a crer nesse amor. Essencialmente, é o “evangelho” (v,12), também descrito como a “verdade” (v,22). Essa Palavra ou Evangelho é viva, permanente e eficaz porque é a própria “Palavra do Senhor”.
            Esse ponto nos faz lembrar o reformador Calvino. Ele sempre destacou, em seus escritos, a forte convicção acerca da majestade de Deus e da importância da sua Palavra. Calvino foi, dentre todos os reformadores, aquele que mais energia dedicou ao estudo e à exposição sistemática das Escrituras, nas Institutas, nos seus comentários bíblicos, em suas preleções e em seus sermões.
            Nos seus escritos, Calvino insiste na suprema autoridade das Escrituras em matéria de fé e vida cristã (“sola Scriptura”). Essa autoridade decorre do fato de que Deus mesmo nos fala na sua Palavra (Vox Dei). Através da atuação do Espírito Santo a Escritura é reconhecida pelo pecador como a Palavra de Deus viva e eficaz. Esse ponto nos mostra a necessidade de obediência à Palavra do Senhor para vivermos uma vida cristã genuína e frutífera.



         3. Sacerdócio Universal dos Fiéis

            Finalmente, Pedro fala da grande dimensão comunitária da nossa fé. Unidos a Cristo e alimentados por sua Palavra (2.2-4), somos chamados a viver como edifício de Deus e como povo de Deus (2.5, 9). Nas duas referências, os cristãos são descritos como sacerdócio: “sacerdócio santo” e “sacerdócio real”. A conclusão é óbvia: todo cristão é um sacerdote. Não existe mais a distinção entre sacerdotes e “leigos” que havia no Antigo Testamento, mas agora todos têm acesso livre e direto à presença de Deus, por meio de Cristo. Esse sacerdócio deve ser exercido principalmente em duas áreas: no culto e na proclamação. Todos os crentes podem e devem oferecer “sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (v. 5); todos os cristãos devem “proclamar as virtudes daquele que o chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (v. 9).
            Os que conhecem alguma coisa sobre a Reforma reconhecem facilmente aqui  o princípio do “sacerdócio universal dos fiéis”. Todos os grupos protestantes valorizaram o sacerdócio universal. Esse aspecto nos mostra a importância da comunhão cristã no corpo de Cristo.

            A Reforma do Século XVI não foi uma simples reforma, foi uma obra de restauração de antigas verdades que haviam sido esquecidas ou obscurecidas ao longo dos séculos, e agora foram recuperadas. Essa obra deve continuar em cada geração, seguindo um lema dos reformadores: “Ecclesia reformata et, semper reformanda est” (a igreja é reformada e está sempre se reformando).
            Louvemos a Deus e honremos a memória dos nossos predecessores na fé resgatando esses valores e vivendo de acordo com os mesmos nos dias atuais. Tornemos nossa fé relevante para os nossos contemporâneos, sem fazer concessões que comprometam a pureza do evangelho de Cristo. Soli Deo Gloria - A Deus seja dada toda Glória.




ESTUDO DIRIGIDO PARA CULTO DOMÉSTICO

Baseado no sermão do Rev. Cleverson Gilvan na Igreja Central

Texto: 1ª Tm. 6.11-16

Uma vida espiritual comprometida

            Todo cristão deve se preocupar em viver o evangelho de forma plena. Devemos lutar por um enchimento do Espírito Santo de Deus sobre nossas vidas, e isso de tal forma, que sejamos capazes de tomarmos posse da vida eterna vivendo com segurança e alegria diante de Deus.
            Considere a dinâmica da sua vida espiritual e viva com intensidade e poder diante de Deus e dos homens, sendo cheio do Espírito Santo e totalmente consagrado ao Senhor.
            Assim, considere:

1) Depois de falar no verso 10 sobre os perigos do amor ao dinheiro, que conselhos Paulo dá para Timóteo?

2) Em contrapartida, o que devemos fazer acerca da vida eterna? Como você entende essa palavra de Paulo?

3) Até quando devemos perseverar nessa busca por uma vida espiritual mais robusta? vs. 14

4) Que testemunho é dado sobre Deus no texto?

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