Visitando o
Coração: necessidades ou desejos?
Rev. Cácio Silva
Há poucos
dias encontrei um grupo Yuhupdeh num acampamento de pesca, nas margens de um
rio no interior da floresta. Lembrei-me que meu primeiro contato com eles, dez
anos atrás, foi naquelas proximidades também num acampamento e me chamou
atenção a simplicidade da vida. Eles tinham uma lona para se protegerem da
chuva e uma rede para não dormirem no chão úmido. O peixe que pescavam era
moqueado num jirau e comido como uma iguaria. E o interessante é que
conversávamos com risos e gargalhadas. A despeito do quase nada, estavam todos
supridos e alegres com a fartura de peixe.
A Palavra
afirma que nossas mazelas de alma têm origem nos desejos do coração e estes se
processam até gerarem morte (Tg 1.14,15; 4.1). Paul Tripp sugere que esse
processo se desenvolve numa escala quase previsível. Transformamos desejos (eu
quero) em “necessidades” (eu preciso), estas em expectativas (você deveria),
estas em exigências (você tem que), as exigências não raramente resultam em
desapontamentos (você não fez) e às vezes em autocomiseração (pobre de mim).
E os
desejos mais perigosos são aqueles legítimos, porém, excessivos. É justo
desejar felicidade, é legítimo querer qualidade de vida, é razoável buscar
conforto, é digno desejar ser bem-sucedido no trabalho, no ministério, é
perfeitamente aceitável sonhar em ter filhos e uma linda família. O problema é
quando desejamos tanto esses “bens” que nos cegamos para a vontade de Deus, que
frequentemente nos chama para a renúncia, abnegação e sacrifício. O problema é
quando desejamos as bênçãos de Deus mais do que o próprio Deus. Enganoso é o
coração do homem.
A verdade é
que, nas palavras do Mestre, “pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria,
pois, escolheu a boa parte [Ele próprio], e esta não lhe será tirada” (Lc
10.42). E mesmo quanto às necessidades mais básicas e reais, como a comida
(subsistência) e a roupa (proteção, conforto) Ele nos desafia a buscar em
primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça, pois essas necessidades nos serão
acrescentadas (Mt 6.32,33). Nós não necessitamos de quase nada e com esse pouco
que realmente necessitamos não precisamos nos preocupar, pois Aquele que cuida
dos pássaros e dos lírios é o bom pastor que nada nos deixará faltar (Sl 23.1).
Será que os
verdadeiros motivos das nossas angústias, ansiedades, descontentamentos e
adoecimentos são mesmo necessidades? Ou são desejos? Alegre-se no Senhor, na
Sua vontade, naquilo que Ele colocou em suas mãos, e você se sentirá
satisfeito, saciado, realizado (SL 37.4), pois verá que a vontade de Deus é melhor
que nossos desejos, Seus sonhos são maiores e melhores que os nossos, Seus
caminhos são perfeitos (Is 55.8,9) e Sua vontade é boa e agradável (Rm
12.2).clique aqui
Avisos
Reunião de Oração –
Projeto Ana
Na próxima terça-feira teremos nossa reunião de oração do
projeto ANA. Todos os irmãos são convidados a participarem desse momento de
intercessão pela família, especialmente pelos filhos. Nossa reunião começa às
19:30 horas.
Estudo Bíblico
Você já teve a oportunidade de participar de nossos estudos
bíblicos semanais? Toda quinta-feira nos reunimos para o estudo da Palavra de
Deus. Venha crescer conosco!
Reunião da Junta
Diaconal com o Conselho da Igreja
No próximo domingo haverá uma reunião conjunta do Conselho
com a Junta Diaconal, após a Escola Dominical na Igreja Central. Todos os
presbíteros e diáconos estão convocados.
UCP Central
Aniversariantes
12/03
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Luci Vieira Amaral dos Santos
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Filadélfia
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8864-9522
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12/03
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Otoniel Antonio da Silva
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Filadélfia
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3832-4375
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12/03
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Rosaria do Rosário
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Filadélfia
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13/03
|
Lucilene Maria Lourenço
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15/03
|
Davi Borges Mescua
|
Central
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3517-0406
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15/03
|
Adriana Ávila dos Reis Borges
|
Central
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15/03
|
Artur Silva Araujo
|
Filadélfia
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9940-2449
|
15/03
|
Wesley Vieira Fonseca
|
Central
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16/03
|
Natanael Rodrigues
|
Central
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9109-2225
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16/03
|
Ileni Souza
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16/03
|
Anna Karolina Jacinto Avila Borges
|
Central
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17/03
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Decarla Gonçalves de Menezes
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Alto da Estação
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18/03
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Fabrício Rodrigues Lima
|
Central
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9902-7858
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18/03
|
Betania Martins
Chagas de Paula
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Filadélfia
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18/03
|
Cristina Abadia cortes Rodrigues
|
Filadélfia
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8829-2012
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AULAS
DE MÚSICA
O Projeto Renascença está oferecendo
algumas vagas de cursos para os membros de nossa Igreja. As inscrições estão
abertas na Secretaria da Igreja Central.
As aulas vão iniciar dia 20/03.
Horários Aulas:
Segunda-Feira
17:00 as 17:50 Guitarra
18:00 as 18:50 Coro Infantil
Terça-Feira
18:00 as 18:50 Canto
19:00 as 19:50 Coro Adulto
Quarta-Feira
18:00 as 18:50 Violão Iniciante
19:00 as 19:50 Violão Intermediário
Sábado
09:00 as 09:50 Violão Infantil
10:00 as 10:50 Percussão
11:00 as 11:50 Guitarra
Oficina
de Artes
Iniciamos nossas atividades terça
próxima passada. Você é nossa convidada a participar desse momento tão
precioso. Toda terça às 13:30h.
FÓRUM
ECCLESIA REFORMATA ET SEMPER
REFORMANDA EST
Extraído do Boletim da 1ªIPB Recife
1º Pedro 1.22-2.10
Em
outubro deste ano, será comemorado o 500º aniversário da Reforma Protestante do
Século XVI. Com tantas mudanças que o mundo experimentou nestes últimos cinco
séculos, seria o caso de nos perguntarmos: Terá ainda razão de ser o movimento
de Reforma Protestante?
A afirmação
acima do reformador holandês Gisbertus Voetius ainda faz sentido hoje?
A
realidade nos mostra que, passados tantos anos, as verdades fundamentais e
solenes redescobertas pelos reformadores continuam sendo desprezadas, tanto
fora quanto dentro do movimento evangélico. Podemos exemplificar isso com um
dos grandes princípios acentuados pela Reforma: “Solo Christo” ou a plena
centralidade e exclusividade de Cristo como único e suficiente Salvador, o
único mediador entre Deus e a humanidade.
A Igreja
contra a qual se insurgiram os reformadores continua hoje, quase meio milênio
mais tarde, a negar a Cristo um lugar exclusivo na fé, no culto e na devoção
dos seus fiéis. Por causa da ênfase antibíblica no culto a Maria e aos santos,
Jesus Cristo ocupa um lugar secundário na vida e devoção de milhões de
brasileiros que se dizem cristãos.
Mas as
antigas verdades essenciais recuperadas pelos reformadores também têm sido
ignoradas dentro das igrejas ditas evangélicas. Se os reformadores voltassem à
terra hoje, ficariam chocados com certas doutrinas e práticas correntes entre
os evangélicos e com a falta de zelo pelas importantes convicções redescobertas
no século XVI.
Essas
razões já são suficientes para justificar a atual relevância e necessidade da
obra restauradora realizada pelos pioneiros da Reforma. Um aspecto interessante
desses pioneiros é o fato de que eles, embora compartilhassem os mesmos
princípios, tiveram diferentes experiências, que os levaram também a diferentes
ênfases nos ideais que defenderam.
Gostaríamos de ilustrar três desses princípios tomando como ponto de
partida os capítulos iniciais da primeira carta de Pedro. Nessa carta, o
apóstolo lembra aos cristãos da Ásia Menor os fatos centrais da sua fé (1.3-12)
e suas implicações para a vida (1.13-17). Em seguida, ele fala sobre as consequências
disso para a sua identidade como grupo, como povo de Deus (1.22—2.10). Vemos
nessa passagem três grandes ênfases da Reforma.
1. Solo
Christo (Só Cristo), Sola Gratia (Só a Graça) e Sola Fide (Só a Fé)
O
fundamento da vida cristã é o fato de que somos salvos pela graça de Deus,
recebida por meio da fé. Deus nos amou, por isso nos deu seu Filho; crendo
nesse amor e nesse Filho, somos salvos. Essa é uma das ênfases mais importantes
do capítulo inicial de 1º Pedro, especialmente nos versos 18-21, mas também em
vários outros versículos. Esse ponto reúne três grandes princípios esposados
pelos reformadores: “solo Christo”, “sola Gratia” e “sola Fide”. Embora não
encontremos aqui uma referência explícita à justificação pela fé como nas
cartas aos Romanos e aos Gálatas, ela é pressuposta em todo o contexto.
O
reformador que teve uma experiência pessoal e profunda dessas verdades foi
Martinho Lutero. Inicialmente, seu pai desejou que ele seguisse a carreira
jurídica. Um dia, ao escapar por pouco da morte diante de uma tormenta, fez um
voto de entrar para a vida religiosa. Ingressou em um mosteiro agostiniano e
pôs-se a lutar pela sua salvação, sem alcançar a paz interior que tanto
almejava. Até que, ao estudar a Epístola aos Romanos, deparou-se como a
promessa de que “o justo viverá pela fé” (Rm 1.17). Teve uma nova visão de Deus
e da salvação. Esta já não era o alvo da vida, mas o seu fundamento. Essa nova
convicção o levou a questionar a teologia medieval e a iniciar um movimento de
reflexão teológica que redundou na Reforma Protestante.
Isso nos
mostra a importância de uma vida de fé, na plena dependência da graça de Deus,
mas também de uma vida de compromisso, que se manifesta na forma de frutos que
honram a Deus.
2. Sola
Scriptura (Só a Palavra de Deus)
A seção
seguinte de 1º Pedro contém outra ênfase importante dos reformadores: a
suficiência e centralidade da Palavra de Deus (1.23-25). A Palavra de Deus é a
mensagem que nos fala da graça de Deus e da redenção realizada por Cristo, e
nos convida a crer nesse amor. Essencialmente, é o “evangelho” (v,12), também
descrito como a “verdade” (v,22). Essa Palavra ou Evangelho é viva, permanente
e eficaz porque é a própria “Palavra do Senhor”.
Esse ponto
nos faz lembrar o reformador Calvino. Ele sempre destacou, em seus escritos, a
forte convicção acerca da majestade de Deus e da importância da sua Palavra.
Calvino foi, dentre todos os reformadores, aquele que mais energia dedicou ao
estudo e à exposição sistemática das Escrituras, nas Institutas, nos seus
comentários bíblicos, em suas preleções e em seus sermões.
Nos seus
escritos, Calvino insiste na suprema autoridade das Escrituras em matéria de fé
e vida cristã (“sola Scriptura”). Essa autoridade decorre do fato de que Deus
mesmo nos fala na sua Palavra (Vox Dei). Através da atuação do Espírito Santo a
Escritura é reconhecida pelo pecador como a Palavra de Deus viva e eficaz. Esse
ponto nos mostra a necessidade de obediência à Palavra do Senhor para vivermos
uma vida cristã genuína e frutífera.
3. Sacerdócio
Universal dos Fiéis
Finalmente, Pedro fala da grande dimensão comunitária da nossa fé.
Unidos a Cristo e alimentados por sua Palavra (2.2-4), somos chamados a viver
como edifício de Deus e como povo de Deus (2.5, 9). Nas duas referências, os
cristãos são descritos como sacerdócio: “sacerdócio santo” e “sacerdócio real”.
A conclusão é óbvia: todo cristão é um sacerdote. Não existe mais a distinção
entre sacerdotes e “leigos” que havia no Antigo Testamento, mas agora todos têm
acesso livre e direto à presença de Deus, por meio de Cristo. Esse sacerdócio
deve ser exercido principalmente em duas áreas: no culto e na proclamação.
Todos os crentes podem e devem oferecer “sacrifícios espirituais agradáveis a
Deus por intermédio de Jesus Cristo” (v. 5); todos os cristãos devem “proclamar
as virtudes daquele que o chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (v. 9).
Os que
conhecem alguma coisa sobre a Reforma reconhecem facilmente aqui o princípio do “sacerdócio universal dos
fiéis”. Todos os grupos protestantes valorizaram o sacerdócio universal. Esse
aspecto nos mostra a importância da comunhão cristã no corpo de Cristo.
A Reforma
do Século XVI não foi uma simples reforma, foi uma obra de restauração de
antigas verdades que haviam sido esquecidas ou obscurecidas ao longo dos
séculos, e agora foram recuperadas. Essa obra deve continuar em cada geração,
seguindo um lema dos reformadores: “Ecclesia reformata et, semper reformanda
est” (a igreja é reformada e está sempre se reformando).
Louvemos a
Deus e honremos a memória dos nossos predecessores na fé resgatando esses
valores e vivendo de acordo com os mesmos nos dias atuais. Tornemos nossa fé
relevante para os nossos contemporâneos, sem fazer concessões que comprometam a
pureza do evangelho de Cristo. Soli Deo Gloria - A Deus seja dada toda Glória.
ESTUDO DIRIGIDO PARA
CULTO DOMÉSTICO
Baseado no sermão do
Rev. Cleverson Gilvan na Igreja Central
Texto: 1ª Tm.
6.11-16
Uma vida espiritual
comprometida
Todo
cristão deve se preocupar em viver o evangelho de forma plena. Devemos lutar
por um enchimento do Espírito Santo de Deus sobre nossas vidas, e isso de tal
forma, que sejamos capazes de tomarmos posse da vida eterna vivendo com
segurança e alegria diante de Deus.
Considere a
dinâmica da sua vida espiritual e viva com intensidade e poder diante de Deus e
dos homens, sendo cheio do Espírito Santo e totalmente consagrado ao Senhor.
Assim,
considere:
1) Depois de falar no verso 10 sobre os perigos do amor ao
dinheiro, que conselhos Paulo dá para Timóteo?
2) Em contrapartida, o que devemos fazer acerca da vida
eterna? Como você entende essa palavra de Paulo?
3) Até quando devemos perseverar nessa busca por uma vida
espiritual mais robusta? vs. 14
4) Que testemunho é dado sobre Deus no texto?
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