sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Boletim Informativo, 16 de outubro de 2016

Afinal, o Que é Orar?

Augustus Nicodemus Lopes

            Orar a Deus deveria ser uma coisa simples. Todavia, poucos assuntos precisam de mais esclarecimentos do que a oração. Há muitos conceitos errados sobre a oração por causa do misticismo e da superstição que acometem o ser humano (não somente os brasileiros), por falta de mais conhecimento bíblico sobre o assunto e por causa de ideias equivocadas que as pessoas têm sobre Deus. Seguem alguns pontos sobre oração que penso que são fundamentais e também relevantes para nós hoje. Estou pressupondo o básico: quem vai orar acredita que Deus existe e que Ele recompensa os que o buscam (Hb 11.1-2 e 6).


1 – Orar é basicamente apresentar a Deus, mediante Jesus Cristo e com a ajuda do Espírito Santo, nossos desejos, necessidades, confissão de pecados, intercessões, agradecimentos. A razão é que somente o Deus Triúno conhece nossos corações, é capaz de atender os pedidos e o único que pode perdoar pecados. Portanto, não há qualquer fundamento bíblico para dirigirmos nossas orações a quaisquer criaturas, vivas ou mortas, mas somente ao Deus Triúno (2 Sm 22:32; 1Rs 8:39; Is 42:8; Sl 65:1-4;145:16,19; Mq 7:18-20; Mt 4:10; Lc 4:8; Jo 14:1; At 1:24; Rm 8:26-27; Jo 14:14 e dezenas de outros textos que falam de nos dirigirmos a Deus).

2 – O Novo Testamento nos ensina que devemos orar a Deus em nome de Jesus Cristo. A razão é que o pecado nos afastou de Deus e não podemos nos aproximar dele por nossos próprios méritos. Jesus Cristo é o único, na terra e no céu, que foi constituído pelo próprio Deus como mediador entre ele e os homens. Não há qualquer base bíblica para se chegar a Deus em oração pela mediação de qualquer outro nome. A Bíblia nos ensina que “não há outro nome dado aos homens” (At 4:12) e que “há somente um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo” (1Tim 2:5). (Ver ainda Jo 14:6; Ef 3:12; Cl 3:17;Hb 7:25-27;13:15).

3 – Orar em nome de Jesus é nos achegarmos a Deus confiados nos méritos de Jesus Cristo e no perdão de pecados que ele nos conseguiu por meio de sua morte na cruz. É pedir a Deus com base nos merecimentos de Cristo e não nos nossos. É renunciar a toda justiça própria e chegarmos esvaziados de nós mesmos diante de Deus, nada tendo para oferecer em nosso favor a não ser a obra daquele que morreu e ressuscitou por nós. Onde não houver esta disposição e atitude, invocar o nome de Jesus é vão. O nome de Jesus não é um talismã ou uma palavra mágica, ou a senha para desbloquear as bênçãos de Deus. Não funciona nos lábios daqueles que ainda confiam em si mesmos e na sua própria justiça, ainda que repitam este Nome dezenas de vezes em oração (Mt 6:7-8; 7:21; Lc 6:46-49; Jo 14:13,14; At 19:13-16; 1Jo 5:13-15; Hb 4:14-16).

4 – Embora possamos pedir a Deus qualquer coisa que desejarmos, todavia, só deveríamos orar por aquelas que trazem a maior glória de Deus, que promovem o crescimento do Reino de Deus neste mundo e que são para nosso bem, sustento, proteção, alegria, bem como de nosso próximo. Foi isto que Jesus nos ensinou a pedir na oração do “Pai Nosso” (Mt 6:9-13), além de outras coisas afins (Lc 9:11-13). Assim, é tentar a Deus orarmos por coisas ilícitas e pedir coisas que Ele declara, na Bíblia, serem contra a sua vontade (Tg 4:1-3; Mt 20:20-28).


5 – Em nossas orações, deveríamos nos lembrar de orar por outras pessoas. A Bíblia nos ensina a pedir a Deus pelos irmãos em Cristo, pela Igreja de Cristo em todo o mundo, pelos governantes, por nossos familiares e pessoas de todas as classes, inclusive pelos nossos inimigos. Todavia, não há qualquer base bíblica para orarmos pelos que já morreram ou oferecer petições em favor dos mortos (Gn 32:11; 2Sm 7:29; Sl 28:9; Mt 5:44; Jo 17:9 e 20; Ef 6:18; 1Tm 2:1-2; 2Ts 1:11; 3:1; Cl 4:3).

6 – Deus nos encoraja a trazer diante dele as nossas petições. Todavia, ainda que a eficácia de nossas orações dependa exclusivamente dos méritos de Cristo, Deus nos ensina em sua Palavra que há determinadas atitudes nos que oram que fazem com que ele não atenda estas orações, como brigas entre irmãos, mundanismo e egoísmo, tratar mal a esposa, pecados ocultos, incredulidade e dúvidas, falta de perdão a quem nos ofende, hipocrisia, vãs repetições, entre outras coisas (Mt 5:23-24; Tg 4:1-3; 1Pe 3:7; Sl 66:18; Pv 28:13; Is 59:1-2; Tg 1:6-7; Mt 6:14-15; Mt 6:5; Mt 6:7-8). Por outro lado, se nossas orações são respondidas, isto não se deve à nossa santidade, mas à graça de Deus mediante Jesus Cristo, que nos habilita a viver de forma agradável a ele (1Jo 3:21-22), e ao fato de que as orações, por esta mesma graça, foram feitas de acordo com a vontade de Deus (1Jo 5:14).

7 – Deus requer fé da parte dos que oram (Hb 3:12; 11:6; Jer 29:12-14; Tg 1:5-8; 5:15). Esta fé é uma simples confiança de que Deus existe, que ele nos aceitou plenamente em Cristo e que é poderoso para nos dar aquilo que pedimos, ou então, nos dar muito mais do que imaginamos (Hb 4:14-16). Orar com fé é trazer diante de Deus nossas necessidades e descansar nele, confiantes que ele responderá de acordo com o que for melhor para nós (1Jo 5:14-15). Orar com fé não significa determinar a Deus que cumpra nossos pedidos, ou decretar, como se a oração tivesse um poder próprio, que estes pedidos aconteçam. Orações não geram realidades espirituais e nem engravidam a história. É Deus quem ouve as orações e é Ele quem decide se vai respondê-las ou não, e isto de acordo com sua vontade e propósito de sempre nos fazer bem.

Se houvesse mais oração verdadeira a Deus por parte dos que professam conhecê-lo mediante Jesus Cristo, quem sabe veríamos aquele avivamento e reforma espirituais que tanto desejamos para nossa pátria?
“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2Cron 7:14).


Avisos

Reunião de Oração
Na próxima terça-feira nossa reunião de oração será dirigida pelas crianças da nossa UCP. Apóie o trabalho de nossas crianças e participe de nossa reunião de oração.

Estudos Bíblicos
Será que precisamos de uma nova Reforma, como a de Martinho Lutero em 1517? Temos estudo sob o cap. 1 do livro de Isaías durante o mês de outubro. Todos os nossos irmãos são convidados a participarem. Os estudos bíblicos nesse mês estão sob a responsabilidade do Rev. Cleverson Moreira.


Resoluções do Conselho – Evangelista Congregação da Matinha
Nosso irmão Pedro Chaves, ibelino que se forma esse ano em nosso Instituto Bíblico, será nosso evangelista na Congregação da Matinha no ano de 2017. Desde já oramos pelo nosso irmão e agradecemos a Deus por sua vida e ministério entre nós.

Reformas da Igreja Central
Esse ano boa parte dos recursos disponíveis da igreja foram dirigidos às reformas da Congregação da Matinha, contudo, ainda temos outras reformas, em outros lugares que precisam ser feitas. Alguns irmãos já tem ofertado para a conclusão das reformas da Igreja Central, mas ainda não temos todos os recursos. Ore a Deus e considere a possibilidade de ofertar para a conclusão de nossas reformas (banheiros adaptados, biblioteca, videoteca, dispensa e salas de educação cristã).

Agenda da SAF


08-10 Sábado as 19:00hs Culto bebe Victor Emanuel Maribel (Levar um prato de Salgado)
14-10 Sexta-feira as 19:30hs Culto na casa do Mauri Rates
16-10 Domingo as 19:30hs Comemorar Aniversario do Pastor Cleverson Moreira
17-10 Segunda-feira as 19:30hs. Eleição da SAF
19-10 quarta-feira as 15:00hs Visita a Helena Carvalho
21-10 Sexta-feira as 19:30hs Culto bebe Rodrigo Janaína Reis
22 e 23-10 Aniversario Congregação Filadélfia as 19:30hs
24-10 Segunda-feira Departamental Aparecida Morais as 19:30hs
26-10 quarta-feira visita ao Pastor Cleverson Moreira as 15:00hs
28-10 Sexta-feira Visita a Jose João de Paula e Suely de Paula as 19:30hs
29-10 Sábado Culto em Ações de Graça pela vida do Pastor Luiz Viana as 19:30hs
31-10 Visita a Cleusa Pereira as 19:30hs
OBS: 17-10 Segunda-feira as 19:30hs Eleição da SAF

Aniversariantes
16/10
Adelia Gomes Caixeta
Filadélfia
9123-4343
17/10
Manuel Marques Palmeira
Alto da Estação

17/10
Jesulina Moreira Rebordões
Matinha
8818-8185
18/10
Ariovaldo Garcia Rosa
Central
8851-8474
18/10
Clara Silva de Oliveira
Filadélfia
3831-310
18/10
Maria Helena Carvalho (Leninha)
Alto da Estação
8822-8796
19/10
Pedro Ribeiro
Central

19/10
Abadia América dos Reis oliveira
Filadélfia
3832-7144
21/10
Célio de Sousa Santos
Manancial

21/10
Israel Machado de Oliveira
Alto da Estação
8853-6748
22/10
Livia Patricia Barbosa
Filadélfia
8829-9528
22/10
Valdirene França




SAF em Revista
Agradecemos as amadas irmãs que assinaram a saf em revista neste ano. Agora já é hora de renovar para 2017, no valor de R$ 24,00 a assinatura anual. o pagamento é até 29/10 com Ana Maria.

Culto do bebê
- Dia 21/10 as 19:00h, culto do bebê RODRIGO, FILHO DOS NOSSOS IRMÃOS Daniel E Janaina. O ENDEREÇO É RUA DR. VICENTE SOARES, 432 – SÃO CRISTÓVÃO.

Intercessão:
- Unias, tio do Fernando Meirelles (já está em casa)

Mãos e Coração
Você já fez sua inscrição para o nosso IV Mãos e Coração? Procure o mais rápido possível nossa secretaria e garanta a sua vaga.
Investimento R$ 40,00.




FÓRUM

POR QUE PRECISAMOS DA BÍBLIA?
Hermisten Maia

A necessidade primária para o registro da Bíblia, foi o pecado do homem. No Éden só havia um livro: o livro da natureza; todavia, com o pecado humano, a natureza também sofreu as consequências, ficando obscurecida, perdendo parte da sua eloquência primeva em apontar para o seu Criador (Gn 3.17-19)1 e, como parte do castigo pelo pecado, o homem perdeu o discernimento espiritual para poder ver a glória de Deus manifesta na criação (Sl 19.1; Rm 1.18-23). A Revelação Geral que fora adequada para as necessidades do homem no Éden – embora saibamos que ali também se deu a Revelação Especial (Gn 2.15-17,19,22; 3.8ss) –, tornou-se, agora, incompleta e ineficiente2 para conduzir o homem a um relacionamento pessoal e consciente com Deus.3 A observação de Calvino, parece-nos importante aqui: “Lembremo-nos de que nossa ruína se deve imputar à depravação de nossa natureza, não à natureza em si, em sua condição original, para que não lhe lancemos a acusação contra o próprio Deus, autor dessa natureza.”4

Através da História Deus separou e preparou homens para que registrassem de forma exata e infalível os seus desígnios, sendo a Palavra de Deus escrita, dentre outras coisas, “o corretivo às idéias disformes que pode dar-nos a natureza em seu estado caído.”5

Desta forma, a Bíblia tem um caráter instrumental e temporário, embora que os seus efeitos e as suas verdades sejam eternos. O que estamos querendo dizer, é que na eternidade não haverá mais a Bíblia; apenas teremos a visão ampla e experimental daquilo para o qual ela apontava: A vitória do Cordeiro!

Necessidade Consequente:

Como consequência lógica do argumento anterior, podemos observar que a Bíblia foi escrita para registrar de forma cabal e inerrante a vontade de Deus referente ao aqui e agora e ao lá e depois, evitando assim, os desvios naturais, fruto do pecado humano. Por isso, só se considera adequada a revelação de Deus contida na Bíblia; somente através das Escrituras, o homem pode ter um conhecimento de Deus livre de superstições.

Calvino compreendendo bem este fato, escreveu:

Com efeito, se refletimos quão acentuada é a tendência da mente humana para com o esquecimento de Deus, quão grande a proclividade para com toda sorte de erro, quão pronunciado o gosto de a cada instante forjar novas e fantasiosas religiões, poder-se-á perceber quão necessária haja sido tal autenticação escrita da celeste doutrina, para que não deperecesse pelo olvido, ou se dissipasse pelo erro, ou fosse da petulância dos homens corrompida.6

A Bíblia como Palavra inspirada e inerrante de Deus, dá ao homem a resposta adequada às necessidades espirituais de que tanto carece, apontando para Jesus Cristo (Jo 5.39) e para o poder de Deus. Nas Escrituras encontramos a esperança da vida preparada, realizada e consumada pelo Deus Triúno (Rm 15.4; 1Jo 5.13). A Bíblia não foi registrada apenas para o nosso deleite espiritual; mas para que cumpramos os seus preceitos, dados pelo próprio Deus (Dt 29.29; Js 1.8; 2Tm 3.15,16; Tg 1.22); a Bíblia também não nos foi dada para satisfazer a nossa curiosidade pecaminosa (Dt 29.29), que em geral ocasiona especulações esdrúxulas e facções;7 Ela foi-nos concedida para que conheçamos o seu Autor e, o conhecendo o adoremos e, o adorando, mais o conheçamos (Os 6.3; 2Pe 3.18).8 A Bíblia foi-nos confiada a fim de que, mediante a iluminação do Espírito Santo,9 sejamos conduzidos a Jesus Cristo (Jo 5.39; Lc 24.27,44), sendo Ele mesmo Quem nos leva ao Pai (Jo 14.6-15; 1Tm 2.5; 1Pe 3.18) e nos dá vida abundante (Jo 10.10; Cl 3.4). Por isso, “ao estudarmos Deus, devemos procurar ser conduzidos a Ele. A revelação nos foi dada com esse propósito e devemos usá-la com essa finalidade”.10



ESTUDO DIRIGIDO PARA CULTO DOMÉSTICO

Abaixo listamos um pequeno artigo com diretrizes para o culto doméstico. Avalie e ore ao Senhor pela vida devocional de sua casa.

Pastor Dener Maia

Você faz culto doméstico na sua casa? Não? Então está na hora. Comece hoje mesmo, principalmente se você tem filhos. Você não pode delegar ao professor da Escola Bíblica Dominical a responsabilidade de passar para os seus filhos os valores e fundamentos da fé cristã. Não dependa de outros... você é o professor. Se você não sabe por onde começar, segue uma sugestão de temas que lhe darão uma ajuda. Toda criança a partir da idade pré-escolar precisa aprender com seus pais essas idéias a respeito de Deus e da sua palavra. Então, mãos à obra.

12 Idéias de Deus


1 - Deus fez todas as coisas 
(Gn. 1.1,21,27; 2.4; 5.1; Ml. 2.10a)

2 - Obedeça a voz de Deus
(Dt. 15.5; 1Rs 19.13; Sl. 46.10; Is. 28.23; Jo. 10.3)

3 - Escolha o caminho de Deus
(2 Sm. 22.31; Jó 23.11, Sl. 37.23, Pv. 10.29a)

4 - Ame a Deus de todo o coração
(Dt. 6.5; Mt. 22.37; Lc. 10.27, Rm. 10.9, 1Jo. 4.7-21)

5 - Ame aos outros e a si mesmo
(Mc. 12.31; Jo. 13.34; 15.12,17; Rm. 13.8; 1Jo. 3.23; 4.7-12)

6 - O presente de amor de Deus para mim é Jesus
(Jo. 3.16; At. 11.17; Rm. 5.17; 6.23)

7 - Confiando totalmente em Jesus
(Jo. 14.1-2; Rm. 10.9; At. 8.37; 16.31; 1Jo. 3.23)

8 - Peça perdão a Deus e perdoe os outros
(Mat. 6.14; Mc. 11.25-26; Lc. 17.1-4; 1Jo.1.9)

9 - O Espírito de Deus habita em mim
(1Co.3.16; Lc. 11.13; 1Co. 6.19; 2Tm. 1.14)

10 - Eu pertenço a Jesus
( Mc. 9.41; 1Co. 3.23; 2Co. 10.7, Gl. 3.29; 5.24)

11 - Fazendo o que Jesus diz para fazer
(Jo. 15.14; 13.34; 15.9-17; 21.15-17, 1Jo. 4.7-11)

12 - Jesus está sempre comigo
(Mat. 28.20; Dt. 31.6; Hb.13.5)


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